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O uso do telemóvel provoca cancro

O que pode ter ouvido

Manter o telemóvel perto do corpo ou da cabeça pode aumentar o risco de cancro.

O que nos diz a ciência

Os telemóveis emitem ondas de RF (radiofrequência), que são uma forma de radiação não ionizante. Isto significa que não têm energia suficiente para danificar diretamente o ADN no interior das células e causar cancro (ACS, NCI). Quanto mais próximo o telemóvel estiver do corpo, maior será a exposição esperada às ondas de RF. Muitos outros fatores afetam a quantidade de energia a que uma pessoa está exposta, tais como:

  • A quantidade de tempo que uma pessoa passa ao telefone e a proximidade do telemóvel com o corpo do utilizador (por exemplo, a cabeça)
  • A distância e o percurso até à antena de telemóvel mais próxima: quanto maior a distância para a antena de telemóvel mais próxima, mais energia é necessária para manter o sinal
  • A quantidade de tráfego de telemóvel na área num determinado momento: quanto mais tráfego, mais energia é necessária para manter o sinal
  • O modelo do telemóvel usado

Evidências epidemiológicas

Muitos estudos avaliaram se existe uma ligação entre o uso do telemóvel e o cancro. No entanto, os resultados não são conclusivos (NCI). A maioria das organizações internacionais considera que o uso do telemóvel constitui, no máximo, apenas um risco potencial para o cancro e, no mínimo, não existem evidências suficientes para comentar.

Evidências laboratoriais

Atualmente, não existem evidências laboratoriais que associem o uso do telemóvel ao aumento do risco de cancro.

Classificação carcinogénica do CIIC: Grupo 3 (Não classificável quanto à sua carcinogenicidade para o ser humano: campos eletromagnéticos de radiofrequência).

Como reduzir o risco

Não é claro se diminuir o tempo passado ao telemóvel (ACS), usar o modo de altifalante ou um dispositivo mãos-livres, ou enviar mensagens de texto em vez de falar ao telefone, diminuiria o risco de cancro. Embora os estudos sejam inconclusivos, diminuir a sua exposição às ondas de RF diminuirá as probabilidades de aumentar o risco de cancro.

Conclusão

As ondas de RF usadas em telemóveis não têm energia suficiente para danificar o ADN, pelo que este mecanismo provavelmente não causará cancro. No entanto, não existem evidências suficientes para concluir uma relação entre o risco de cancro e o uso de telemóveis.

Berkeley Public Health: Radiação de telemóvel (em inglês)
American Cancer Society (ACS): Telemóveis (em inglês)
National Cancer Institute (NCI): Os telemóveis e o cancro (em inglês)

Data

Publicação: 12 de julho de 2021
Verificação/atualização: 22 de agosto de 2022